sábado, 6 de outubro de 2007

TEM SOLUÇÃO?

Como é que conseguimos viver e conviver com tantas incoerências?
Os pais pretendem super-proteger os filhos dificultando que aprendam a se defender das armadilhas e males que a vida oferece. Dizem-lhes para serem humildes e solidários, enquanto os incentivam a ser prepotentes e egoístas.
Os professores preparam os alunos para dar respostas ao invés de prepará-los para resolver problemas.
No mercado de trabalho, imperam a prepotência e o egoísmo, dificultando que os erros sejam aproveitados como aprendizado e que a colaboração facilite o trabalho, diminua dificuldades, melhore a produtividade e propicie um ambiente feliz. A competição é estimulada, acreditando que ela gera motivação quando, na verdade, causa medo, insegurança, diminui escrúpulos, gera tensões e provoca sofrimento.
Os marginais provocam grandes prejuízos e sofrimento e vivem uma vida miserável, com medo de serem descobertos, de perder o que conseguiram, sem dignidade, escravos de bens materiais que não conseguem aproveitar.
Políticos e servidores públicos que, ao invés de trabalharem para o bem da população, roubam-na inescrupulosamente, impedindo que consigam benefícios, facilitando que sejam explorados ao invés de lutar contra isso.
A maioria da população não luta pelo fim da exploração, com a esperança de mudar de lado e conseguir, um dia, poder explorar, também. A crença na onipotência do dinheiro desvirtua valores e leva as pessoas a buscar felicidade na dor, no sofrimento e no prejuízo alheios, sem perceber que as maiores vítimas são elas mesmas.
Policiais incentivam o crime ao exigir grandes somas para livrar o bandido da prisão, vendendo alvarás para crimes impunes, aumentando o risco para companheiros empenhados em promover a segurança pública.
Muitos servidores da saúde estão a serviço da doença, da dor e do sofrimento, obtendo grande sucesso no seu objetivo, sobrecarregando outros que se empenham na cura, no alívio da dor e do sofrimento.
Bandidos que não conseguiram benefícios na corrupção policial, obtêm-nos junto a servidores da justiça, que os libertam, causando revolta nos policiais que se empenharam para prendê-los e provar sua culpa.
O povo quer solução, mas se nega a lutar por ela. Exige direitos enquanto foge dos deveres. Repudia os que se dispõe a lutar por ele e apóia os que o iludem com promessas mirabolantes.
Será que, seja lá onde estejam, Cristo, Martin Luther King, Che Guevara e Madre Tereza de Caucutá, entre outros, percebem a inutilidade de seus sacrifícios?

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