segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

RECRIMINANDO RECLAMAÇÕES

Entre os efeitos da ELA, percebi que se acentuou minha repulsa por pessoas que só sabem recriminar, criticar e reclamar. Mais do que repulsa, sinto pena dessas pessoas, imaginando o quanto isso deve amargar a vida. Eu já perdi um tanto de movimentos, voz e autonomia, mas ao invés de reclamar disso, valorizo o que ainda me resta e posso garantir que me sinto muito bem. Quem sentir falta de ter pena de alguém, que tenha desses pessimistas de plantão pois eles são os grandes merecedores dela.

Não dá pra não reclamar, não recriminar, nem criticar; principalmente dos que fazem isso o tempo todo. O que não dá pra agüentar são os que fazem SÓ isso.
A crítica é fundamental para mudanças, adaptações e, até mesmo, compreensão e aceitação. Nesse caso, ela é causa e efeito de análise, reflexão e conclusão.
No começo, é um sentimento que causa revolta, que provoca reclamação, que gera recriminação. Se a razão não intervir, a causa ganha status de verdade, realimenta o processo, aumentando a reclamação e a recriminação, incrementando a raiva, podendo levar o processo a perdurar por longo tempo. A intervenção da racionalidade poderá mostrar que a causa não é real ou que não é suficiente para gerar reclamação ou, caso mereça ser acusada, parar por aí.
A análise racional, verificando a validade da causa, procurará uma solução, evitando que a revolta, reclamação e recriminação se tornem repetitivas e inchem.
Os “reclamadores” de plantão, dispensam a racionalidade e se entregam à emoção e à vontade, buscando aliviar o que sentem, através da agressão. Quer dizer: gastam todo o tempo reclamando, recriminando, agredindo, buscando vingança e, nenhum, ajudando a resolver os problemas. São sofredores causando sofrimento.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

ADVERTÊNCIA

Ah meu amigo!
É tão fácil dar conselhos e criar frases impressionantes; o difícil é aplicá-las.
Somos influenciados por emoções e vontades, por outro lado, temos a razão que nos permite analisar dados, refletir e concluir.
Deixar-se levar pela emoção e vontade, é tão fácil quanto trágico.
Agir, seguindo rigidamente a lógica, pode evitar sofrimento e prejuízos; no entanto, impede o desfrute de muitos prazeres e conseqüente felicidade.
Preconceitos, tabus e dogmas, ainda que possam ajudar a controlar, um pouco, alguns ignorantes; dificultam a felicidade e alavancam o sofrimento.
O ideal seria descartar preconceitos, tabus e dogmas; analisar as emoções e vontades através da razão; escolher as benéficas e descartar as prejudiciais; aproveitando ao máximo a felicidade possível.
O problema é que emoção e vontade pretendem satisfação a qualquer custo, empenhando-se em impedir o uso da razão e, quando não conseguem, fazem tudo pra que as recomendações dela sejam rejeitadas. O pior é que a força dos que pretendem satisfação, costuma ser maior que a disponível para a rejeição.
Por outro lado, são inúmeros os exemplos de resultados excelentes, causados pela satisfação de emoções e vontades, quando a razão foi totalmente desprezada.
Portanto, está claro que não existem receitas que garantam resultados bons. A vida exige decisões a cada situação e, por melhores que sejam os conselhos, a escolha será só sua. E... não terá como se safar dos resultados.

Isto é uma advertência como as que aparecem em propaganda de cigarros, remédios e bebidas. O que eu digo, nada mais é que o resultado de experiências vividas ou presenciadas, reflexões e conclusões. Os efeitos colaterais, disso, podem ser muito prejudiciais, e as contra-indicações ocorrem na maioria dos casos.
Portanto, cuidado com o que digo ou escrevo.