quarta-feira, 26 de novembro de 2008

CONHECE O AMOR?

O amor... Ah o amor! Quem o conhece razoavelmente?
Ele é causador dos maiores prazeres sentimentais e dos mais terríveis sofrimentos. Onde ele existir não haverá apatia, ausência de sentimentos, nem inércia.
Ele provoca sonhos e as mais desvairadas ilusões. Faz lindo o feio; bom, o mau; aceita, de bom grado, o que já repudiou com veemência. Da mesma maneira, provoca pesadelos; apaga brilhos; ressalta o ruim; dificultando enxergar e sentir o bom e o bonito.
Não há nada mais raro que um amor isento de ciúme, ansiedade e possessividade. Não raro, esses componentes dificultam e, até impedem, a continuidade do desfrute desse amor. São como tempero que, em doses adequadas, realça o sabor, mas em doses maiores, torna impossível o consumo.
O amor possibilita construções maravilhosas, da mesma maneira que pode causar destruições catastróficas..
Não há como criar ou eliminar o amor. A única possibilidade é interferir nele, acentuando o bom e opondo-se ao ruim. Embora isso seja tão fácil de dizer, é enormemente difícil de realizar.
Quando a opção está entre ser feliz ou sofrer, vale a pena enfrentar as dificuldades, lutando contra o ruim, possibilitando o aproveitamento do bom.
Quem for dependente de drogas ou jogo, por exemplo, e estiver apaixonado por alguém; poderá verificar, em si, a similaridade dos efeitos sofridos. O amor gera uma dependência similar à causada pelas drogas, jogo ou qualquer outro motivo. Enquanto puder desfrutar, o indivíduo se sentirá no céu, mas, se for privado, enfrentará o inferno mais tenebroso.

sábado, 8 de novembro de 2008

SEM PRUMO NEM NÍVEL

SEM PRUMO NEM NÍVEL
Velho, doente, esclerosado e inútil. Isso, numa pessoa normal, já é bastante ruim, imagine num idiota como eu!
Aprendi, há muito tempo, que o importante pra nós é o que sentimos, independente da racionalidade ou lógica. Também, aprendi que nosso direito termina onde começa o do outro, percebendo que, muitas vezes, não há como evitar prejuízos e sofrimento nesse confronto de direitos. Na falta de outros parâmetros, sempre procurei usar a relação custo/benefício, de todos os envolvidos, pra decidir o que fazer. Umas vezes abri mão do meu direito, outras, lutei pra que prevalecesse.
Sempre procurei cumprir com minhas obrigações, esforçando-me pra executar, o mais rápido possível, o que me era mais sacrificante, objetivando livrar-me logo do incômodo e dispor de condições pra desfrutar o que me agradava. Sempre procurei fazer os trabalhos mais chatos primeiro pra, depois, me dedicar aos agradáveis, curtindo-os.
Sempre fugi do consumismo, valorizando ao máximo minha capacidade de gastar, sempre considerando a relação custo/benefício. Na maioria das vezes, o dinheiro que ganhamos nos obriga a fazer coisas que não gostaríamos fazer, portanto, quanto mais dinheiro, mais contrariedade teremos que sofrer, por isso, sempre optei por limitar meus gastos, possibilitando-me evitar fazer mais coisas de que não gostava. Poderia ter ganho mais dinheiro, violentando-me mais, no entanto, preferi abrir mão de consumismo em troca de ter que fazer mais coisas que não queria fazer.
Quando vejo pessoas se sacrificando pra ganhar seu dinheiro e gastando-o facilmente em coisas idiotas, pra satisfazer vaidades, aparentar o que não são ou tentar aliviar a consciência; me sinto mal, muito mal, terrivelmente mal!
Quando vejo pessoas desperdiçando enorme quantidade de tempo na ociosidade, fugindo de cumprir deveres e fazer obrigações, escancarando um egoísmo desmesurado; me causa uma revolta terrível. Quando ouço essas mesmas pessoas reclamando da falta de tempo e super-valorizando o pouco que fazem, tenho vontade de sumir na estratosfera!
Quando um simples “acho”, injustificado e idiota, vale mais que toda minha reflexão, busca de dados, análises e conclusões justificadas; sinto a revolta me consumindo as entranhas. Ver a prepotência cagando na humildade, me causa um sofrimento inenarrável!
Mas, isso é coisa de velho, doente, esclerosado e inútil que, não tendo o que fazer, gasta o tempo observando o seu entorno e acusando, como barbaridades. coisas normais em gente comum.